Segue uma nota da colunista política d'O Estado de S. Paulo Dora Kramer (publicada em 7 de maio passado), com a qual concordo inteiramente, e que serve muito bem ao candidato estilo biruta, ou seja, aquele que se posiciona ao sabor dos ventos (muito comum, aliás):
Baixa intensidade. No afã de tentar agradar a todos ao dizer que não é "de oposição nem de situação", o tucano José Serra flerta com o risco de desagradar ao eleitorado que prefere gente de perfil bem nítido; seja carne ou peixe, mas de contornos bem definidos.Sou dos que gostam de candidatos de perfis nítidos, que não se rendem ao que dizem as pesquisas de opinião. Acontece que, no mundo político, como regra, a sede de poder é imensa. Logo, imenso também o potencial para enganar o eleitor.
Pode até não ser o jeito mais cosmopolita de ser, mas face à maneira brasileira, a declaração de Serra soa artificial, ensaiada demais e apaixonada de menos.
Perder eleição não é feio. Feio é compactuar com o artificialismo e a mentira. Um dia o destino cobra a conta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário