26 de junho de 2011

Quanto à desfiliação de Marina Silva do PV (minha posição)


Manifesto a seguir meu posicionamento diante da provável desfiliação de Marina do Partido Verde.
Antes, uma passagem de uma das últimas entrevistas que ela concedeu à imprensa (O Estado de S. Paulo):
Não acha complicado demais mudar uma estrutura cristalizada em mais de duas décadas?
Se alguém tivesse me dito que, após 25 anos de existência, deve se manter uma estrutura na qual as comissões estaduais são nomeadas por um poder central, e que quem discorda dele pode sofrer ameaça, intervenção e até ser destituído, não teria me filiado.
 
Esse debate pode ter algum reflexo na eleição de 2014?
Não penso nisso. Para mim, seria mais cômodo ficar como rainha da Inglaterra, dizendo que somos todos irmãos, fazendo discurso de conveniência.
A leitura que faço de todo o processo é que toda essa confusão no PV se deve à (boa) teimosia de Marina em fazer valer no partido a democracia interna, em democratizá-lo, em torná-lo instrumento vivo e dinâmico de uma parcela da cidadania que quer participar e contribuir para a construção de um partido político com os atributos que se prometiam.
Já discordei de Marina em pelo menos um aspecto de seu passado recente (refiro-me a seu silêncio em relação a desvios éticos no partido que a projetou). Mas só a atitude dela em, desculpem-me a expressão, se "sacrificar" pela democratização do PV já me basta para a decisão de estar com ela, para onde for (pois ela realmente poderia ser, caso quisesse, a "Rainha da Inglaterra", ou melhor, a "Rainha do PV", somente a esperar 2014, sem maiores tensionamentos).

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